Solidariedade Haiti

Solidariedade Haiti

Categoria Urbanitária se solidariza com trabalhadores haitianos!

Todos estão acompanhando pelas notícias da imprensa a situação que vive o povo do Haiti, devastado pelo terremoto que atingiu o país. O movimento Luta Urbanitária chama toda a categoria urbanitária a se solidarizar com nossos irmãos haitianos. Faça sua contribuição na campanha de solidariedade aberta pela Conlutas no Banco do Brasil.
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

MEMBROS DA CÚPULA SINDICAL DO STIU-MA FAZEM PERSEGUIÇÃO POLÍTICA A MARCOS SILVA: calúnias e assédio moral



Há quase três anos ingressei na CAEMA através do concurso público de 2006. Para a minha surpresa, encontrei uma empresa com o pior piso salarial do Brasil, a maioria dos trabalhadores (as) recebendo até abaixo do salário mínimo, péssimas condições de trabalho (falta de laudo de insalubridade, trabalhadores conduzidos em carroceria de caminhão, falta de EPI e um total desrespeito por parte de alguns chefes aos seus subordinados). Além do mais, uma empresa desmoralizada diante dos seus desafios. O mais grave: era uma total acomodação imposta aos trabalhadores (as). Eram constantes as afirmações por parte de trabalhadores antigos do tipo: “Isto sempre foi assim, não adianta que não vai mudar.”

Diante desse quadro, uma pessoa com a minha história de luta jamais poderia se acomodar. Minha primeira atitude foi logo no seminário de operadores de elevatórias, realizado pela empresa, quando da convocação dos concursados, estimular a sindicalização. No primeiro dia de trabalho me juntei aos companheiros na luta por um transporte digno, pois a condução oferecida aos operadores era um caminhão sujo de lama. Uma grande falta de respeito aos trabalhadores. Procurei os dirigentes do sindicato para que negociassem com a chefia e nada eles conseguiram a não ser um “pau de arara”. Tivemos que ocupar a presidência da empresa, com uma grande mobilização e conseguimos um transporte digno (um micro ônibus com ar condicionado). Este foi o meu primeiro susto com a cúpula sindical.

O segundo susto: quando na Assembléia de aprovação da pauta do ACT (2007/2009) apresentei algumas propostas entre elas: o abono natalino (ticket extra de dezembro), proibição da condução de trabalhadores em carroceria de carros abertos e a revisão dos pisos salariais, buscando recuperar as perdas salariais históricas.

Surpreendentemente o presidente do sindicato da época (Fernando Pereira) encaminhou contra as minhas propostas. Foi realmente um grande susto! Fiquei pensado: será que é porque são minhas propostas ou o que está por trás? Mas, como é da minha característica não abandonar a luta, afirmei na Assembléia que a partir daquela data, todas as diferenças seriam votadas e mantive a defesa. Para minha felicidade, quando foi votada a proposta do ticket extra, a maioria absoluta votou a favor.

Aí quem se assustou foi a cúpula sindical. O susto foi tão grande que em seguida Sueli Gonçalves propôs acatar as demais propostas, sendo que os pisos salariais seriam revistos no Plano de Cargos e Salários (PCS).

Mas, saí daquela Assembléia na certeza de que seria necessário construir um movimento dentro da CAEMA que mobilizasse os caemeiros e caemeiras na luta por melhores salários, condições de trabalho e na defesa da CAEMA pública e moralizada.
De 2007 pra cá não arredamos da luta e consolidamos através de um grupo de companheiros e companheiras o Luta Urbanitária. Em 14 de agosto de 2009 lançamos o movimento pela implantação já do PCS, pois a categoria já esperava há mais de 20 anos e este direito estava assegurado no Acordo Coletivo 2007/2009. Foi neste sentido que ajudamos a construir a greve com todos os problemas: 12 dias de paralisação “a gelo e água”. Não conquistamos o necessário, mas não entregamos os nossos direitos para a empresa e o governo. E ainda abrimos um caminho para avançarmos na consolidação das nossas necessidades. Enfim companheiros e companheiras, tenho orgulho de fazer parte desta luta ao lado de lutadores e lutadoras na CAEMA.

No entanto, tenho sofrido uma terrível perseguição por parte de membros da cúpula sindical que vêm permanentemente me caluniando, com a tentativa de difamação e ao mesmo tempo deflagrando uma campanha sistemática de assédio moral à minha pessoa, tentando me caracterizar com improbidade administrativa e profissional. Isto é crime! E o ônus da prova cabe a quem acusa.

Esta prática é realizada constantemente por Fernando Pereira, Ana Teresa e Ribamar (vulgo Jacaré), sempre na minha ausência. Aqueles que deveriam organizar a luta para fiscalizar o cumprimento do Acordo Coletivo não cumprido pela empresa a exemplo: do plano odontológico, 5ª turma no setor de esgoto, combate ao assédio moral, implantação do PCS, distribuição dos EPIs, entre outras; resolvem me escolher como maior inimigo.

Esta prática jamais me intimidará, pois já enfrentei “bichos maiores” e nunca me rendi, nem me acovardei. Não preciso sequer me esconder, atrás de mandato sindical.
De forma que já estou de posse de testemunhas acerca das calúnias deferidas contra a minha pessoa e estou montando uma queixa crime para apresentar no Ministério Público Federal do Trabalho e a outras instituições de defesa dos direitos humanos, não só no Maranhão, mas no Brasil e em outros países.

Lamentavelmente terei que tomar estas providências como forma de me proteger do assédio moral. Em breve informarei ao conjunto da categoria sobre as calúnias realizadas pela cúpula sindical e manifestarei a minha opinião.

Sou um homem público, comprometido com a luta dos trabalhadores, com um sindicalismo democrático, de base, combativo e de atitude. Além do mais, já fui diversas vezes candidato a governador do Maranhão, com um compromisso de aplicar um programa anticapitalista (estatização dos meios de produção, universalização dos serviços públicos, coletivização do acesso à terra – Reforma Agrária) e levar a classe trabalhadora ao poder, através dos Conselhos Populares. Dessa forma, tenho a obrigação moral de fazer a minha defesa política e jurídica diante dos ataques que venho sofrendo.

Saudações Caemeiras,
Marcos Silva - Operador de Elevatória - CAEMA
(email: msop16@hotmail.com)

Um comentário:

  1. É companheiro, tudo isso é lastimável. Mas é reflexo da mentalidade provinciana e exploradora da grande maioria daqueles que ocupam posições sociais de liderança e destaque em nossa injusta e incorrigível comunidade. Seria interessante se o outro lado apresenta-se sua posição sobre o que o companheiro coloca nest post. Mas isso seria um mínimo de democracia e, parece que estas pessoas não costumam fazer uso dela.
    No mais peço permissão para copiar o "Saudações caemeiras"...
    Um abraço.

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